1ª pessoa do plural.

nó
(latim nodus, -i)

s. m.

1. Laço apertado.

2. Articulação das falanges dos dedos.

3. Rosca que formam os ofídios ao enrolar-se.

4. Parte de que saem as folhas das canas e gramíneas.

5. Parte espessa e dura na madeira, no mármore, etc.

6. Concreção nos dedos dos gotosos.

7. Saliência anterior da garganta. = MAÇÃ-DE-ADÃO, NÓ-DE-ADÃO

8. Embaraço (na garganta) que obsta engolir.

9. [Figurado]  Ponto em que está a dificuldade.

10. Embaraço, estorvo.

11. Vínculo, laço moral.

12. Enredo.

13. Ligação, enlace.

nó cego: o que não tem laçada e se desata com dificuldade.

 

Plural: nós.

a 1ª e a 2ª singulares são a 1ª plural.

laço apertado.

é dessas mulheres pra comer com 10 talheres.

teu corpo é mais poético do que as tuas palavras.

eu sou menina, sou confusa e as vezes não entendo o rebuscar da tua sintaxe,

mas eu entendo as curvas do teu corpo.
Entendo como ele encaixou perfeitamente no meu.

sem pretensão nenhuma.

duas crianças, brincando de lego em cima da cama.

teu corpo é mais poético do que as tuas palavras porque teu corpo não pretende
ser poético.

tuas palavras carregam significados além
pretendem ser
e se não são
alguém já as usou para poesia.

teu corpo eu uso para a minha poesia que não é escrita e sim sentida.

teus dedos escrevem em mim arrepios poéticos
meus olhos viajam por ti procurando os parenteses ou inicios de versos 

perdidos entre a tua pele-poesia.

a minha vontade era te convidar pra jantar.
pra me jantar.
pra me juntar.
me escrever reescrever reeditar.

corroer, revirar, retorçar, lambuzar e deixar..

Mas eu vou te convidar pra escrever poema comigo.

vem?

Vim, te.

1. eu não devia estar aqui neste momento, então considere-se um premiado.
2. são 3:35 da madrugada.
3. acho que foi a sibutramina.
4. ah sim, eu tomo sibutramina, não te falei?acho que foi por isso que nosso papo[sexo, vai] foi tão bom.
5. mas sibutramina não é viagra.
6. só me deixa mais animada pós alcool, porque na realidade a gente não pode beber e tomar sibutramina ao mesmo tempo, foi o que o meu médico disse.
7.entendi agora as 3:36 porque tua ética não tava festiva.
8. pra avisar que deletei teu número do meu celular.
9. 3:37
10. 3:38
11: não, não vai ser por ti que eu vou chegar as 4:48, não que eu não sinta vontade, as vezes, mas a minha neurose não chega a tanto.
12. eu coloquei dois pontos no 11 de cima, vai ver to nervosa, quebrei a minha própria convenção.
13. deletei o teu número do meu celular mas anotei num caderno velho que sempre deixo em casa.
14. 3:39
15. tu também ganhou um coração vermelho pra por no casaco com quentão?
16. eu deletei teu número do meu celular porque já decorei.
17. 1+7 são 8 o que não significa nada.

18. segundo a gisela decorar é colocar no coração.

19. tudo uma grande mentira capitalista!

20. hoje Nelson me ensinou que somos analfabetos em Marx.

a minha avó já montou harold pinter

hoje é sabado; é o unico dia da semana que eu tenho livre, livre pro ócio.

porém eu tinha alguns compromissos com os meus dependentes: pegar a chanel lá na vó e leva-la pra tomar sua primeira vacina e depois voltar pra casa e ir passear com o valentino que anda muito agitado.

mas hoje eu andei de ambulância pela primeira vez.

a minha avó é minha inspiração pra muitas coisas, desde saber quem é pierre cardin e a importância do ysl na moda do mundo, desde aprender a costurar, a cozinhar, a colecionar e a ver tv. e pra outras não, ela é arrogante muitas vezes e não soube envelhecer e lidar com o fato de estar com 87 anos.

ela teve um AVC quando eu tinha uns 11 anos mais ou menos, não me lembro muito bem, mas lembro dos sintomas.

eu cheguei na casa dela hoje, e me assustei com o jeito que ela tava falando, enrolando a lingua, falando muito baixo, meio sonolenta, perdida falando que estava vendo uma mulher dentro do guarda roupa e que a minha cara tava toda pintada de vermelho.

fui levar a chanel pra tomar vacina.

voltei.

nisso a minha mãe que não mora em porto alegre, estava a caminho da capital num ônibus, porque a minha avó, mais cedo tinha ligado pra ela.

e o que que eu ia fazer?

esperei mais um pouco e era triste ver como ela sabia que estava alucinando, que de fato não tinha ninguém dentro do guarda roupa, mas ela via.

o cerebro engana.

liguei pra ambulancia.

40minutos depois eles chegaram.

após muita conversa, sobre muitas coisas e muitas questões minha avó oferece coca cola pra equipe da unimed,

sim, ela é maravilhosa.

e larga a seguinte frase: 'doutora, a senhora já me fez tantas perguntas né?posso perguntar uma coisa?qual teu nome?

adriana, diz a médica.

ah ok adriana, muito prazer. agora a gente pode continuar nosso papo'

e logo depois disso me perguntou o que eram os peixes nadando embaixo da mesa. peixes amarelos.

[nisso, minha mãe ja estava chegando em porto alegre e ia nos encontrar no hospital]

e aí fomos de ambulância até o mãe de deus, chegamos lá as 15h, enfim, se confirmou o que se achava [só se confirmou as 22h30] mais um acidente vascular cerebral.

ela não quis ficar pelada no quarto porque tinham cinco homens de preto olhando.

ela tá lá no mãe de deus, baixou hospital, tá em observação (pelos médicos, pelos homens de preto?)

a gente chegou agora em casa, 23h30. foram horas no hospital esperando, aguardando.

não tem hora nem dia pro cerebro nos trair.

pense um pouco no velho que você quer ser.

minha avó nasceu em 1925!

fui dar boa noite pra ela e disse 'vó como tu tá cheirosa.' e ela: 'mas tu ta com uma cara horrivel hein minha boneca! a doente aqui sou eu! te ajeita.'

vim pra casa dormir, me ajeitar.

fui de ambulância e voltei de carro.

amanhã demanhã vou a pé pro hospital me mexer, afinal quero viver até os 87 anos.

projeto: transformei minha tristeza em midia minha digital.

bom, esse projeto vem acontecendo desde o inicio do ano, paralelamente a todos os videos que eu tenho feito pra divulgar o meu estágio I, valsa nº 6.
e eu não falei pra ninguém;
mas hoje eu resolvi que vou tornar isso público.
vou tornar a minha tristeza pública.
tenho feito videos e fotos todas as vezes que to triste, ou que acontece algo que me deixa angustiada.
eu sou pisciana ascendente em cancer, então, por natureza, eu sofro muito, sempre, com tudo.
e transformar o sofrimento (?) em midia-minha digital foi a maneira que eu encontrei de expurgar isso.

sônnia júlia amaral

AR - TE.

eu estou segura respirando o ar que eu expiro?

ex - pirar.

a loucura?

não entendi, desculpa.

quem?

o abismo. o abismo particular.

manoel de barros.

level 10.

http://www.youtube.com/watch?v=tQ_Q_I3t5k8&feature=youtu.be

 

sexo-show

Deixa eu decidir se é cedo ou tarde
espere eu considerar
ver se eu vou assim chique-à-vontade
qual o tom do lugar.

Enquanto eu penso você sugeriu
um bom motivo pra tudo atrasar.
E ainda é cedo pra lá
chegando às seis tá bom demais
Deixa o verão pra mais tarde

Uh ah ãã aeãeã

Não tô muito afim de novidade
Fila em banco de bar
Considere toda hostilidade
que há da porta pra lá

Enquanto eu fujo você inventou
qualquer desculpa pra gente ficar
E assim a gente não sai
que esse sofá tá bom demais
Deixa o verão pra mais tarde

Uh ah ãã aeãeã

E eu digo,cá entre nós
deixa o verão pra mais tarde.

[essa é do amarante e é top 5 do los hermanos pra mim. é linda e simples]

E ontem, curtindo os seis graus que estavam em porto alegre após o sexo-show [acabei de inventar esse termo, não copiem, obrigada] com os hermanos, pensei que cada vez mais eu quero ir embora de porto alegre, eu acho o frio turistico. e só. o calor também é turistico, mas o meu eu-turista (sim, todos temos um eu turista.) gosta de frio e o meu eu-eu (sim, todos temos um eu eu) gosta de calor, de sol, de mar, SEMPRE e não só em janeiro e fevereiro. ai gente, é muita humilhação tu estar sempre enrolada no teu casulo. gosto da pele a mostra, falei. mas eu ainda quero ir pra finlandia morar uns 3 meses em helsinki. mas é tu. turista sabe. depois eu volto, e fico no rio de janeiro ou em salvador.

ou quem sabe eu compro uma estufa ou um casaco caro que me de vontade de estar sempre dentro dele.

DEIXA O INVERNO PRA MAIS TARDE.

ou talvez eu só precise de uma cama de solteiro.

2:48

são 2:48 e quando eu terminar de escrever pode ser que seja 4:48

eu - gênio, baba.

recomendo a todos antes de barbarem, digo babarem ovo de uma técnica, pessoa e ou grupo de fazer arte, pensarem se aquilo serve pra si ou se é só mais um seguidor da massa. a tua arte é a arte que o outro pensou em fazer?ja diria minha irmã-amiga Silvana Rodrigues a quem eu denovo, dou parabéns por mais um ano sendo performática (?) e dançando sertanejo vestida de boneco: artista é quem arte.
eu entendo que temos que encontrar gente que pensa igual a gente, pra legitimar os nossos achismos, achados e sentimentos. mas eu fico me perguntando o quanto muitas vezes somos forçados a gostar de alguém, a nos identificar, admirar, ouvir palestra, se emocionar com algum tipo de fazer arte colocado no pedestal pelo senso (e pelo bom senso) comum. não ignoremos a genialidade das pessoas mas não sejamos obrigados a te-la como tijolo da construção da nossa própria genialidade estética-ética-intelectual. eu posso tá falando-escrevendo-pensando uma grande bobagem, mas muitas pessoas nunca leram nada, viram nada, ouviram nada e já são fã numero um do fulano, já querem tirar foto, ja querem ir no espetáculo porque TEM que ir. eu não tenho que nada, gente. desculpa. talvez eu não esteja cumprindo meu papel enquanto artista, talvez eu nem tenha recibido o manual de ser artista e aí to aqui super achando que sou uma, mas eu acredito. eu acredito.

pisci[an]na entre líquidos e lençois.

teu sorriso, teus movimentos, teu jeito, teu som, teu cabelo, tudo revira, remexe, reverbera, reflete, resbala em mim e eu deixo escorregar como água, como líquido.

eu tenho medo do líquido.

eu tenho medo do 

eu tenho medo

eu tenho me.

eu me tenho, eu não te tenho, eu te desenho, teu corpo com os olhos, esses olhos que por mais que eu me assuste com o líquido, vertem-o sem saber onde isso vai chegar.

EU NÃO SEI NADAR EM MIM!

EU NÃO SEI NADA DE MIM!

moinhos preview

acabei de voltar da segunda edição do moinhos preview - http://www.moinhosshopping.com.br/blog/index.php/2012/04/moinhos-preview-exposicao-mag-fashion-tour/ e fiquei pensando sobre como a arte reverbera em mim em todos os sentidos, me questionando se teatro é meu hobbie se moda é meu hobbie, cheguei a conclusão de que no meu âmbito, tudo que é considerado hobbie pela maioria, é a minha vida-trabalho, de que arte-vida é isso. eu sou isso, sou arte e admiro todas as manifestações possiveis e impossiveis do sensivel inerente ao homem.

e ouvir a constanza pascolato ma ra vi lho sa, foi uma experiência incrivel.

"eu tenho a sorte, o privilégio de ser viciada no que eu gosto, no meu trabalho, na moda." Constanza Pascolato.


galera, lembrando que a programação do preview tá sensacional, apareçam lá nos outros dias também.

artevidavidartexistênciarteu

nessa viagem de estágio um, de nelson rodrigues, de lygia clark, de joão de ricardo, cheguei no Joseph.

“Eu quero criar um palácio real. Não para
glorificar os velhos reis, mas para dizer que
todos os seres humanos são reis. A dignidade de
cada pessoa reside no fato de estar viva. Eu não
estou satisfeito com a interpretação simples e
materialista da vida. Na nossa época
materialista, os elementos do mistério e da alma
foram destruídos (...) e é por isso que eu
embarquei neste conceito antropológico, para
tentar fazer com que as pessoas se conscientizem
de que elas são uma grande forma de vida e a
expressão de suas almas.”

Joseph Beuys

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eu queria dizer,
uma confissão,
eu sempre gostei mais dos colchetes do que dos parenteses.
sempre.
não sei porque, eu evito.
o redondo deles me deixa nervosa, acho que pode ser até um problema psicológico referente ao meu quadril por exemplo?será?não sei.
o que eu sei é que eu acho os colchetes muito mais interessantes esteticamente, vai entender.

é o mesmo problema que eu tenho com Letra Maiuscula: tem uma coisa de unidade estética da palavra, ou tudo em minuscula ou tudo em maiuscula, porque a primeira letra é a mais importante? se eu quiser ser annA juliA eu posso, não?

[fazia mais de um século que eu não postava nada aqui, mas eu acho que mereço voltar a ter meu espaço de clamar, mesmo que ninguém venha aqui ler. até porque talvez nem seja essa a intenção, em todo caso, o bom filho a casa torna.]